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LUÍS ALEGRE

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Não te mexas, come e ressuscita (uma  cena postal do quotidiano)
 
Num espaço exterior, talvez numa esplanada de restaurante fast-food, observamos uma personagem à mesa. A partir do plano fixo, que pode ou não variar para zoom in, esta personagem come um pacote de batatas fritas do McDonald's molhadas em gelado Sundae. O registo deve englobar todos os movimentos, do mais ínfimo ao mais expansivo, uma coreografia entre uma naturalidade óbvia e a performance para a câmara. Pode existir um olhar particular, na inclusão de planos aproximados das mãos ou da boca, mas a essência é a de captar o todo. O plano será semelhante ao médio, com uma mesa em primeiro plano e a personagem por detrás da mesma, de frente para a câmara. Ao gravar este plano com um olhar quase “documental”, não se procura a criação de um momento decisivo, antes a energia da peça será criada pela maneira como se olhará para esta personagem “comum”, realizando uma ação “comum”. No final da cena, uma voz sintetizada, nomeia a sua geolocalização, neste caso o espaço escolhido para a realização do vídeo. Por vezes, poderão haver algumas palavras extra, que visam reorientar o sentido do que estamos a ver.

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